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Medici Assessoria

Fabio Medici • dez. 13, 2022

A importância de exames médicos para início e prática de atividade física e esportiva

Antonio Carlos Martins David atleta máster em consulta com o  Dr. Ricardo Contesini, cardiologista esportivo e parceiro da Medici Assessoria Esportiva


É muito comum o questionamento do porquê realizar exames médicos para a prática de atividade física e esportiva.

 

Muitas pessoas acreditam que o fato desta atividade ser no momento de lazer, momento em que estão com amigos, correndo, andando de bicicleta, na academia, ou mesmo dentre muitas outras atividades, que aquela “simples” atividade não poderá trazer nenhum risco já que considera que não tenha frequência ou intensidade “como de atletas”. Ai que está o grande perigo!

 

Embora haja consenso de que a atividade física pode trazer muitos benefícios para a saúde, existe um grande debate pelos profissionais da saúde acerca dos riscos associados a prática de atividade física pelos chamados “atletas de final de semana”.

 

O termo “atletas de final de semana” é bastante utilizado para descrever indivíduos que devido as rotinas de trabalho e pessoal realizam atividades físicas 1 ou 2 vezes por semana, sendo normalmente aos finais de semana.


Muitas pessoas ao fazerem a sua atividade sem nenhum tipo de acompanhamento profissional perdem a referência do quão intenso e prolongado possa estar sendo aquela atividade comparado a sua rotina de vida.

 

Existem diferentes formas de controlar a intensidade do treinamento, podendo ser pelos chamados fatores internos (respostas fisiológicas como por exemplo: frequência cardíaca e produção de lactato) ou externos (fatores externos ao organismo como por exemplo pace e velocidade média). O controle da intensidade por fatores externos é a que envolve maior erro, imagine a seguinte situação, pedalar a 20 km/h de média em uma rodovia plana com vento a favor comparado a pedalar a 20 km/h de média subindo uma serra como a de Campos do Jordão. Apesar de redundante muitas pessoas se fixam apenas na velocidade média e esquecem ou negligenciam o controle da intensidade por fatores fisiológicos.

 

Ao realizar atividades sem controle, corre-se um grande risco de estar em grande parte do tempo em faixas de intensidade superior ao que o seu organismo está acostumado naquele momento com o seu nível de preparação física.

 

Quando se elabora uma prescrição de treinamento físico e esportivo observando informações presentes em exames médicos de rotina, observa-se dados como por exemplo:

  • Glicemia e hemoglobina glicada;
  • Níveis de LDL / HDL e colesterol total;
  • Frequência cardíaca de repouso e de esforço;
  • A presença ou não de arritmias cardíacas;
  • Características estruturais do coração;

 

Estes são apenas alguns de muitos outros fatores que pode-se observar, mas porque olhar para estes fatores?

 

Diferentes adaptações ventriculares podem ocorrer de acordo com o tipo de exercício físico realizado e, que está diretamente relacionada com o tipo de sobrecarga gerada pelo exercício físico sobre o músculo cardíaco.

 

Alterações na estrutura e funções do músculo cardíaco de atletas altamente treinados são descritos desde 1884 e são correlacionados como adaptações do “coração do atleta” possibilitando assim respostas excepcionais em resposta ao exercício físico.

 

Dentre as adaptações estão o aumento da dimensão diastólica final da cavidade ventricular esquerda, da espessura parietal e da massa ventricular esquerda, melhora do enchimento diastólico e, diminuição na frequência cardíaca

No entanto uma pequena parcela da população pode apresentar alterações que são silentes e, por não apresentarem sintomas prévios são potencialmente fatais. A morte súbita é a condição mais grave de alteração cardiovascular que pode ocorrer indiferentemente do nível de condicionamento físico prévio.

 

Associado a isso, é cada vez mais comum que devida a rotina de vida corrida por exigências de trabalho e social, a frequência da atividade física se torne menor e na rotina alimentar esteja mais presente alimentos ultra processados, fazendo com que marcadores bioquímicos (Glicemia e hemoglobina glicada, HDL, LDL e colesterol total) fiquem alterados, mostrando maiores riscos metabólicos e cardiovasculares.

 

Desta forma a realização de exames médicos traz informações importantes sobre as respostas metabólicas e cardiovasculares, para que se possa prescrever o treinamento físico de forma individualizada e responsável.



Fábio Medici Lorenzeti,

Diretor e treinador na Medici Assessoria Esportiva.

Diretor técnico da Liga de Desportos de Rendimento e de base da capital, vale do paraíba e litoral norte (LIDER) 

Mestre em Ciências (EEFE-USP, Lab. de nutrição e metabolismo aplicado a atividade motora)
Autor dos livros: Nutrição e Suplementação Esportiva: aspectos metabólicos, fitoterápicos e da nutrigenômica (2015, Phorte); Exercício, Emagrecimento e Intensidade de Treinamento: aspectos fisiológicos e metodológicos (2013/2ª ed., Phorte); Biologia e Bioquímica: Bases aplicadas às ciências da saúde (2011, Phorte). Além de outros trabalhos científicos nacionais e internacionais.


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